Reflexo
é um espetáculo sobre o curso da vida, em paralelo com o curso de um rio. Partindo da ideia de que a água tem memória, olhamos para o fluxo da vida, os momentos marcantes, os marcados e os banais, as múltiplas prisões em que vivemos ao longo da vida, e a possibilidade de libertação e liberdade. Com base num contexto específico onde a construção de uma barragem (prisão de água) no séc. XX alterou de forma profunda e irreversível a inscrição de pessoas, plantas e animais no território, as memórias e as vivências locais tornam-se pistas de ligação a questões universais, como a vida e a morte, a permanência e a transformação, a pertença e o isolamento, num eixo poético de três palavras: Porta-Água-Avó. Porta passagem ou confinamento: acesso, libertação, impedimento. Água condução ou afogamento: limpeza, lama, arrependimento. Avó canção ou castigo: embalo, fuga, ligamento.
Segundo uma ideia de Catarina Barata:
Ficha astística
Encenação e interpretação | Yael Karavan
Cocriação e interpretação | Matilde Real · Andreia Coelho
Direção musical e interpretação | Nuno Salvado
Interpretação | Filippo Baraldi
Equipa técnica, montagem e produção | Francisco Barganian
Produtora executiva | Joana Queiroz
Vídeo | João Gambino