MAPO – Mostra de Artes Performativas de Odemira é um projeto de programação de espetáculos de artes performativas para o concelho de Odemira, que se destaca pela qualidade artística da criação nacional contemporânea. A primeira edição é dedicada às infâncias, destinada à comunidade escolar e ao público em geral.
A Terra Batida organiza um programa de espetáculos, oficinas e sessões de mediação com o público, com os objetivos de dinamização cultural, formação artística, formação de públicos e educação pela arte no território de baixa densidade do concelho de Odemira, em estreita articulação com agrupamentos de escolas do concelho. MAPO faz uma proposta à comunidade educativa e escolar de pensamento sobre o mundo, instigando o questionamento e a reflexão. Promove ações de mediação e debate com os artistas e criadores, gerando espaços livres e dinâmicos de diálogo, nutrindo e fomentando o espírito crítico. Ao trazer para o território espetáculos implicados com temáticas atuais de enorme relevância e urgência, como são a crise climática e o enorme desafio que o presente nos coloca, contribui para a educação cívica, e alimenta e coloca em movimento formas de pensamento livre que podem ser levados e explorados nas salas de aula.
©Manuel Lino
O estado do Mundo (quando acordas)
Miguel Fragata e Inês Barahona
25 de outubro de 2023
Cineteatro Camacho Costa em Odemira
©Joana Linda
©Laís Pereira
©Manuel Lino
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©Joana Linda
©Laís Pereira
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©Carlos Fernandes
Espanto
Ana Madureira e Vahan Kerovpyan
11 e 12 de janeiro de 2024
Escola Básica de São Teotónio
©Carlos Fernandes
©Patrick Esteves/Comédias do Minho
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O espantalho faz o seu trabalho. O corvo é um estorvo. Juntos começam de novo. E para seu espanto encontram a um canto…um ovo. Um espectáculo de teatro e música em que as vozes vão perdendo o medo das alturas, desafiando a lei e a gravidade, num apelo aos espíritos atentos e perguntadores e à importância da ligação cabeça-coração-acção. Intrigados por dualidades como lei/liberdade, ordem/espontaneidade, conhecido/desconhecido, segurança/risco, hierarquia/igualdade, pomos em cena um espantalho e um corvo. O primeiro, criado para espantar, cumpre o seu dever. O segundo, irreverente pela natureza volátil, traz a inquietude e o questionamento. Juntos perguntam e põem à prova a sua voz- descobrem que têm uma voz. Ter uma voz é ter coisas importantes para dizer e dizê-las, sem medo. A um amigo, a uma professora, à família, ao senhor do café, à vizinha, ao grupo, ao general, ao mundo. Poder dizê-las e também cantá-las. Cantando, espantamos os males e chegamos aos mais recônditos vales, pois a canção pode voar como um pássaro. Como um corvo. Na nossa pesquisa, foram referências importantes o poema Deveres, de Matilde Rosa Araújo, o conto Vicente, de Miguel Torga e os livros Daqui Ninguém Passa!, de Isabel Minhós Martins e Bernardo P. Carvalho e Le Petit Homme et Dieu, de Kitty Crowther.
©Carlos Fernandes
©Patrick Esteves/Comédias do Minho
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©Luísa Homem
All you need is Plankton
Vera Mantero
18 (público geral) e 19 (público escolar) de janeiro de 2024
Cineteatro Camacho Costa em Odemira
©Luísa Homem
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Em 2019 o FMI afirmou ter descoberto nas baleias a solução para o excesso de dióxido de carbono na atmosfera. As baleias podem salvar-nos do aquecimento global! Uh, bom, mas, hmm, isso só acontecerá SE os números de baleias nos oceanos voltarem ao que eram antes de as caçarmos intensivamente, pelo menos nos últimos 150 anos… É um grande SE… Conseguiremos convencer as baleias a entrarem num regime de reprodução frenética o mais rapidamente possível para nos salvarem?… Salvar-nos a nós, que as fizemos em fanicos?… Como convencê-las?…
Vera Mantero
Vera Mantero partilha a sua pesquisa para sensibilizar a consciência em torno de uma ecologia interior e colectiva, a percepção do que são crimes ambientais e a função dos direitos da natureza. Uma pesquisa sobre como as baleias têm um papel importantíssimo na captura de CO2 da atmosfera. Por um lado, porque capturam e armazenam CO2 no seu corpo ao longo da sua longa vida, e por outro lado porque fertilizam o plâncton (o fitoplâncton mais especificamente) com as suas fezes nas águas de superfície, que produz 50% do oxigénio e captura 40% do dióxido de carbono da nossa atmosfera. Portanto, o pulmão do planeta, e por mais que amemos profundamente a Amazónia e a queiramos preservar em absoluto, o pulmão do planeta é certamente o fitoplâncton porque a cada duas golfadas de ar que inspiramos, uma devemo-la ao fitoplâncton…
©Luísa Homem
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©Catarina Espiga
Pangeia
Tiago Cadete
4 de fevereiro de 2024
Sociedade Recreativa São Teotoniense
©Catarina Espiga
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PANGEIA é uma viagem sonora e visual pelo universo dos irmãos Grimm em que o palco se transforma num museu imaginário de objectos curiosos, através de sons escutados em headphones. Os objectos remetem para o imaginário dos contos fantásticos, como a floresta cheia de armadilhas, a magia negra da bola de cristal ou os feitiços da bruxa má. Nesta viagem, acompanhada por dois investigadores, vamos descobrir o ponto de vista dos objectos que ilustram os contos. Para isso teremos de seguir as pistas, como fizeram Hansel e Gretel com as migalhas que deixaram no caminho, para poderem depois voltarem a casa.
PANGEIA é um espectáculo para o público juvenil que reúne em palco várias linguagens como o teatro, a dança e as artes visuais, recuperando assim a ideia dos Gabinetes de Curiosidades criados no século XVI que reuniam objectos raros e artefactos da biologia, tornandose nos percursores dos museus de arte. A colecção aqui apresentada tem contornos ficcionais: 4 mesas e 200 objectos que representam cada conto.
Para este projecto foram lidos os 200 contos dos irmãos Grimm e, posteriormente, foi criada uma base de dados que reúne características comuns aos vários contos, tais como personagens locais, objectos representativos dos contos, número de páginas, finais felizes, etc. Com esta base de dados catalográfica, foi criado um discurso paralelo às histórias que de outra forma seria impossível. É com esta análise metodológica que o espectáculo Pangeia se constrói.
©Catarina Espiga
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Equipa
Direção Artística:
Catarina Barata
Produção Executiva:
João Samões
Direção Técnica:
José Rui
Assistência de Produção:
Nuno Salvado
Design:
Hugo Figueiredo
Comunicação:
António Falcão
Registo de Imagem:
Matilde Real, Catarina Barata e António Falcão
Gestão Financeira:
Fernando Esteves
Contabilidade:
Margarida Oliveira
Agradecimentos:
José Avelino Santolalla, Mónica Samões, Sérgio Fernandes